da CGTP-IN
A força da luta <br>na festa de Maio
Centenas de milhares de pessoas participaram nas manifestações, concentrações e outras iniciativas culturais, desportivas e lúdicas, que a CGTP-IN e as estruturas do movimento sindical unitário levaram a cabo em quatro dezenas de localidades.
Uma grande concentração vai ter lugar dia 25, em Belém
Mostrando a força de quem trabalha e luta contra o empobrecimento, por uma vida melhor, para mudar de política e de Governo, este 1.º de Maio reafirmou claramente a determinação de prosseguir o combate, seja no dia-a-dia, nas empresas e serviços, seja nas jornadas de âmbito nacional: a concentração de dia 25, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, e a acção contra o trabalho gratuito, no dia 30, o primeiro dos quatro feriados roubados aos trabalhadores e oferecidos aos patrões.
«Este é um 1.º de Maio que se realiza num crescendo de lutas, nas empresas e nas ruas» e «dá expressão a um protesto que não pára e a uma indignação que se agiganta», afirmou Arménio Carlos, intervindo no comício sindical em Lisboa, no final da manifestação que encheu a Avenida Almirante Reis e desaguou na Alameda D. Afonso Henriques. O Secretário-geral da CGTP-IN assinalou que esta luta «desgasta o poder instalado, corrói a sua base de apoio, alcança pequenas e grandes vitórias, anima novas reivindicações e acções, fomenta a esperança e projecta a alternativa».
No 1.º de Maio, a CGTP-IN realizou comemorações em: Viana do Castelo; Guimarães; Chaves; Bragança; Porto; Guarda; Viseu, Lamego e Mangualde; Castelo Branco, Covilhã e Tortosendo; Aveiro; Coimbra e Figueira da Foz; Portalegre, Crato (barragem) e Montargil; Santarém e Alcanena; Leiria; Lisboa; Torres Vedras; Setúbal; Évora, Montemor-o-Novo e Vendas Novas; Beja, Barragem do Roxo, Barragem do Enxoé e Barragem da Rocha; Alcácer do Sal (Pego do Altar, em Santa Susana), Casebres, Grândola e Santo André; Faro; Funchal; Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.
Cortes... de classe
«Dizem que o que alcançámos com o SNS não é comportável, preparando-se para novos cortes, o que, na prática, significaria que, entre outros, os níveis de mortalidade infantil voltariam a subir. Quem o diz sabe que não serão os seus filhos ou seus netos, os que contribuiriam para essa subida!
Dizem que a protecção social que temos é demasiado generosa, porque sabem que não serão eles nem os seus a sobreviver com pensões de miséria, a ficar sem quaisquer rendimentos perante o desemprego que nunca os atinge!
Dizem que a educação é cara e que há que cortar, porque querem negar aos filhos dos trabalhadores o direito à Educação Pública. Querem uma escola para os pobres, para formar mão-de-obra barata e descartável e uma escola de elites! É de uma questão de classe que se trata!»
Da intervenção de Arménio Carlos em Lisboa